SOMOS PREGADORES DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO...


widgets
SOMOS PREGADORES DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO...
ASSEMBLEIA DE DEUS FLUMINENSE RJ EM CEL FABRICIANO MG IGREJA VIVA DO DEUS VIVO...
"E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, quais vos apascentarão com ciência e
com inteligência."
- Jeremias 3:15
(ACF).



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A HISTORIA QUE FEZ HISTORIA...


Uma Reflexão sobre o Congregacionalismo no Brasil

Nos anos de 2005 a 2008, completaram-se 150 anos da presença evangélica Congregacional no Brasil. Infelizmente, pouco se fez referência a esta marca de fundamental importância à história do protestantismo brasileiro.

Os congregacionais possuem singularidades tanto na sua forma de organização eclesiástica em comparação com outros ramos protestantes, como no seu processo histórico da implantação e do desenvolvimento no Brasil. Precisamos compreendê-los desde o contexto mais amplo dos séculos XVI a XX, tanto na Europa como nos Estados Unidos, bem como as particularidades de sua inserção no Brasil. Mas esta tarefa caberia numa publicação de maior alcance.

No censo realizado pelo IBGE no ano de 2000, os congregacionais apareceram no conjunto das manifestações do campo religioso brasileiro e, especificamente evangélico, com o número de 148 mil membros (JACOB, 2003, p. 72). Eles estavam localizados pontualmente no território brasileiro, sobretudo no Rio de Janeiro, seu principal reduto com 43 mil seguidores. Outros núcleos de concentração estavam situados na Paraíba (Campina Grande e João Pessoa), Pernambuco (Recife, Alto Capibaribe e Vale do Ipujoca) e no Rio Grande do Sul (Três Passos e Ijuí), demonstrando os focos históricos de sua penetração no território nacional.
Os Congregacionais representavam 1,76% dos evangélicos de missão, ou seja, do subgrupo de igrejas oriundas da Reforma Protestante que chegaram ao Brasil durante o século XIX. Se considerados dentro do campo religioso mais amplo, essa presença numérica é sem relevância, ao contrário de outras denominações que chegaram paralelamente e conquistaram uma visibilidade maior no campo religioso. Mesmo que tenha havido um crescimento nestes últimos anos, este percentual não deve ter se alterado.
Mas, essa pequena presença estatística não condiz com o papel histórico que os Congregacionais exerceram durante cerca de um século, no conjunto do protestantismo brasileiro. Desde a chegada dos seus fundadores, Robert Reid Kalley e Sarah Poulton Kalley, em 1855 no Rio de Janeiro, até os anos 60 do século XX, eles foram orgânicos na constituição deste campo religioso. Além disso, deixaram contribuições permanentes na tradição evangélica brasileira, principalmente na liturgia e na música. Em 1858, foi fundada a Igreja Evangélica Fluminense reunindo brasileiros dentre os primeiros convertidos e batizados.

No entanto, nas últimas décadas esta influência e legado deixaram de exercer maior importância devido à fragmentação cada vez maior do campo religioso evangélico, ao não crescimento proporcional neste campo e às condições internas de seu sistema de governo eclesiástico. As contradições de um sistema de governo congregacionalista idealmente democrático com as práticas personalistas do discurso religioso compõem um objeto de análise e estudo.

Conhecer sua proposta de organização eclesiástica nos remete a uma discussão mais ampla e significativa acerca da democracia como forma de governo, num país sem tradição democrática na sua formação social e política. Os Congregacionais inseriram no contexto brasileiro uma possível forma de organização ou governo eclesiástico, caracterizado como democrático na participação direta dos membros nas decisões. É preciso avaliar esta experiência no quadro da formação política brasileira e perguntar sobre as possibilidades da democracia no âmbito da religiosidade.

O maior grupo atual está representado pela UIECB - União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, com cerca de 350 igrejas. Este blog terá este conjunto de igrejas como território especial de discussão e debate, sem excluir outras formações eclesiásticas. Esperamos inaugurar um debate que promova uma séria reflexao em torno dos rumos atuais do congregacionalismo no Brasil. Para isso, convidamos os leitores internautas interessados nessa temática a contribuir para um debate que servirá de fermentação para novas idéias e posturas.
    CREUZA SAMPAIO...

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom parabéns.......