SOMOS PREGADORES DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO...


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SOMOS PREGADORES DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO...
ASSEMBLEIA DE DEUS FLUMINENSE RJ EM CEL FABRICIANO MG IGREJA VIVA DO DEUS VIVO...
"E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, quais vos apascentarão com ciência e
com inteligência."
- Jeremias 3:15
(ACF).



domingo, 15 de novembro de 2009

A RESTAURAÇAO DE ISRAEL JEOVÁ...


Eu suspeito que a maioria dos cristãos já esteve numa encruzilhada teológica pelo menos uma vez em sua vida cristã. Eu já estive em várias nos últimos anos. Quero contar-lhe sobre uma dessas situações, pois muitos já a enfrentaram ao longo da história da Igreja. Ela envolve a seguinte pergunta: "O que fazer com um futuro nacional de Israel na Bíblia?" A decisão que uma pessoa toma quanto a essa pergunta determinará, em grande parte, sua perspectiva da profecia bíblica, e assim terá um grande impacto sobre sua própria opinião quanto à Bíblia e à direção da história.
Uma Encruzilhada Pessoal
No começo da década de 80, eu vivia em Oklahoma e estava no meu primeiro pastorado depois de me formar no Seminário Teológico de Dallas em 1980. Por aproximadamente uma década, eu vinha sendo atraído pelos escritos de teólogos conhecidos como reconstrucionistas cristãos. A maioria deles era composta de pós-tribulacionistas preteristas no que diz respeito à profecia bíblica. Até esse ponto em minha vida, eu me considerava um reconstrucionista que não era pós-milenista, mas dispensacionalista e pré-milenista.[1] Por meio de uma série de acontecimentos, cheguei a um ponto em meu pensar teológico em que julguei que precisava considerar a possibilidade do pós-milenismo ser bíblico. Lembro-me de ter chegado ao ponto de pensar em mudar minha posição para o pós-milenismo e de considerar o que isso significaria para mim no ministério. Pensei que estava pronto para fazer quaisquer mudanças necessárias se eu concluísse que a Bíblia realmente ensinava o pós-milenismo.
Fiz uma viagem a Tyler, no Texas, que na época era uma fortaleza do reconstrucionismo, e visitei Gary North e seu pastor, Ray Sutton. Passei boa parte do tempo conversando com Ray Sutton, formado no Seminário de Dallas e que fizera a jornada do dispensacionalismo para o pós-milenismo. Ao entrar no carro para voltar os 150 quilômetros até Dallas, onde iria pernoitar, eu esperava mudar para o pós-milenismo. Na verdade, passei a noite na casa de um amigo, e meu atual parceiro literário, Tim Demy, que me disse mais tarde que, naquela noite, depois de conversar comigo, confidenciara a sua esposa: "Sabe, Lynn, parece que perdemos o Tom para o pós-milenismo."
Na manhã seguinte, ao dirigir de volta a Oklahoma, minha mente estava muito ativa, debatendo-se entre as duas posições. Quando faltava uma hora e meia para chegar a minha casa, concluí que para mudar para o pós-milenismo eu teria que espiritualizar muitas passagens que se referem a um futuro para a nação de Israel, e substituí-la pela Igreja. No momento em que percebi isso, fortalecendo essa percepção com muitas horas de estudo bíblico em profundidade, o pós-milenismo perdeu toda a atração para mim.
Desde aquela ocasião, há mais de quinze anos, muito tempo de estudo bíblico continuou a fortalecer minha convicção de que Deus tem um plano futuro para a nação de Israel. Foi esse claro ensino bíblico sobre o futuro nacional de Israel que me manteve um dispensacionalista. O que a Bíblia ensina sobre o futuro da nação de Israel tem sido uma questão central que influencia a ação de cristãos em muitas áreas importantes. É difícil pensar em uma questão mais importante que tenha exercido impacto mais prático sobre a cristandade do que o tratamento que a Igreja dispensou aos judeus incrédulos nos 2000 anos de sua história. Como iremos ver, o tratamento dos judeus pela cristandade geralmente gira em torno da compreensão que cada indivíduo tem do futuro da nação de Israel no plano de Deus.
O Anti-Semitismo da Cristandade
Nos últimos anos, muitas pessoas me tem perguntado: "Como é que um crente genuíno, nascido de novo, pode ser anti-semita?" A maior parte dos evangélicos ocidentais hoje em dia tem uma opinião elevada dos judeus e do moderno Estado de Israel, e não percebe que essa situação é um fenômeno recente, devido à influência positiva da posição dispensacionalista de que há um futuro nacional para Israel no plano de Deus. Na verdade, pelos últimos dois mil anos, a cristandade foi responsável pela maior parte do anti-semitismo mundial. Que fator dentro da cristandade permitiria que o anti-semitismo se desenvolvesse e crescesse? A teologia da substituição tem sido reconhecida como a culpada.
O que vem a ser essa teologia da substituição? É o ponto de vista de que a Igreja substituiu permanentemente a Israel como o instrumento por meio do qual Deus opera, e que Israel, como nação, não tem um futuro no plano de Deus. Alguns dos teólogos que defendem esse ponto de vista crêem que judeus, individualmente, se converterão e entrarão para a Igreja (algo que todos nós, dispensacionalistas, cremos), mas não crêem que Deus venha a cumprir literalmente as dezenas de promessas de uma conversão nacional de Israel contidas no Antigo Testamento. O reconstrucionista David Chilton, por exemplo, afirma que "o Israel étnico foi excomungado por sua apostasia e nunca mais voltará a ser o reino de Deus."[2] Ele afirma ainda: "A Bíblia não aponta qualquer plano futuro para Israel como uma nação especial."[3] O patriarca do reconstrucionismo, Rousas J. Rushdoony, usa linguagem muito forte ao dizer:
A queda de Jerusalém e a rejeição pública do Israel étnico como povo escolhido de Deus também significaram a libertação do verdadeiro povo de Deus, a Igreja de Cristo – a eleita –, da escravidão a Israel e a Jerusalém...[4]
Uma outra heresia turva o horizonte das interpretações pré-milenistas das Escrituras – sua exaltação do racismo como um princípio divino. Toda tentativa de trazer os judeus de volta à profecia como judeus é dar à raça e às obras (porque descendência racial é uma obra humana) prioridade sobre a graça e a obra de Cristo, nada mais sendo do que paganismo... Não pode haver contemporização com essa heresia destrutiva.[5]
A Estrada para o Holocausto
A teologia da substituição e sua idéia de que Israel acabou nacionalmente na história foi responsável pelo surgimento do anti-semitismo teológico na Igreja. A História registra que tal teologia, quando combinada com clima sócio-político apropriado, produziu o anti-semitismo e permitiu que ele florescesse. Foi essa conexão que Hal Lindsey apontou em seu livro The Road to Holocaust (A Estrada para o Holocausto), um livro que os reconstrucionistas denunciaram como falso. Eles chegaram ao ponto de encomendar um livro que rebatesse as acusações de Lindsey, e que foi escrito pelo reconstrucionista judeu Steve Schlissel. Estranhamente, o livro de Schlissel, Hal Lindsey and the Restoration of the Jews (Hal Lindsey e a Restauração dos Judeus) acabou por apoiar a tese de Lindsey de que a teologia da substituição produzira anti-semitismo no passado e poderia fazê-lo de novo no futuro. Schlissel parece compartilhar o ponto de vista básico de Lindsey sobre a origem e o desenvolvimento do anti-semitismo dentro da história da Igreja. Depois de dar aos leitores uma visão panorâmica da história do anti-semitismo em Orígenes, Agostinho, Crisóstomo, Ambrósio e Jerônimo, Schlissel cita com aprovação a famosa citação de Raul Hilberg, que Lindsey utilizara em seu livro:
Ao verificar o sofrimento dos judeus em países cristãos do quarto século até o recente Holocausto, um judeu observou: "A princípio nos disseram: ‘Vocês não são bons o bastante para viver entre nós como judeus’. Depois nos disseram: ‘Vocês não são bons o bastante para viver entre nós’. Por fim, nos disseram: ‘Vocês não são bons o bastante para viver’."[6]
Schlissel então comenta, com aprovação, a afirmação de Hilberg:
Esta análise histórica devastadoramente exata foi o fruto de um erro, um acúmulo de preconceito e ódio erigido sobre um falso alicerce teológico. A cegueira da Igreja quanto ao papel do judeu na história da redenção é, no meu entender, diretamente responsável pelos pecados e atitudes ímpios descritos acima. O que a Igreja acredita sobre os judeus sempre fez diferença. A Igreja, porém, nem sempre acreditou numa mentira.[7]
A verdade, observada por Schlissel, é o que seus outros irmãos reconstrucionistas negam. O que Schlissel chamou de mentira é a teologia da substituição que seus colegas reconstrucionistas preteristas advogam. Sua forma de teologia da substituição é que é o problema. Schlissel continua e demonstra que depois da Reforma, a igreja reformada da Europa adotou amplamente a crença de que o plano futuro de Deus para Israel incluía uma restauração nacional de Israel. Muitos chegaram a ensinar que Israel um dia reconstruiria seu templo. O fato desses pensadores reformados chegarem a tais conclusões sugere fortemente que eles interpretavam literalmente as promessas feitas a Israel no Antigo Testamento, pelo menos algumas delas. Tal abandono da teologia da substituição em favor de um futuro nacional para Israel resultou num declínio da perseguição aos judeus em muitos países de tradição religiosa reformada, e num esforço maior na evangelização dos judeus. Schlissel observa:
A mudança da sorte dos judeus na civilização ocidental se deve não ao humanismo, mas à fé reformada. A redescoberta das Escrituras fez renascer a convicção bíblica de que Deus não tinha, de fato, rejeitado seu povo de maneira completa ou definitiva.[8]
No entanto, Schlissel se preocupa com o fato de seus irmãos reformados estarem abandonando essa esperança nacional futura para Israel na medida em que reafirmam uma posição firme na teologia da substituição.
Sejam quais forem as posições adotadas quanto à restauração política de Israel, seu futuro espiritual sempre foi tido como fato em círculos reformados. Ironicamente, essa esperança segura e certa não é uma verdade que brilhe intensamente em muitas igrejas cristãs reformadas hoje em dia,... Na verdade, fora sua conversão futura, a própria existência dos judeus raramente é mencionada hoje, e, quando o é não ocorre com graça ou com equilíbrio.[9]
Esse excerto estabelece o fato de que o conceito "espiritualizado" de "Israel" em Romanos 11.25-26 era conhecido e rejeitado pela massa dos expositores holandeses... Desde a virada do século, a maior parte dos autores reformados holandeses, seguindo Kuyper e Bavinck, rejeita essa posição histórica.[10]
O reconstrucionista Schlissel parece pensar que, em parte, a razão pela qual muitos de seus irmãos reformados estão voltando à teologia da substituição é uma reação à forte ênfase dada ao futuro de Israel como nação no pré-milenismo dispensacionalista. No entanto, o pré-milenismo dispensacionalista se desenvolveu dentro da tradição reformada à medida que muitos expositores começaram a interpretar, de maneira coerente, que todas as promessas do Antigo Testamento ainda não-cumpridas para Israel continuavam válidas para uma nação judaica futura. Schlissel reclama:
Há pouco mais de um século todas as classes de intérpretes reformados tinham como certa a futura conversão de Israel como nação. Como é que chegaram, numa amplitude assustadora, a abandonar suas posições históricas sobre a certeza da conversão futura de Israel não é nosso assunto aqui... a esperança da conversão futura dos judeus se tornou intimamente associada, no final do século passado e em décadas seguintes, ao dispensacionalismo pré-milenista, uma heresia escatológica. Este, necessariamente, pode-se dizer, logo se misturou e se confundiu com o sionismo. Os crentes se tornaram eloqüentes quanto à volta dos judeus a Israel como um sinal de que a Segunda Vinda se aproxima. Parecia impossível, para muitos, distinguir entre a esperança espiritual de Israel e sua "esperança" política. Por isso, muitos reformados abandonaram ambas.[11]
Desenvolvimento Histórico
Como era de se esperar, a natureza do futuro de Israel tornou-se o divisor de águas na interpretação bíblica que causou uma polarização das posições que encontramos hoje. Conforme Schlissel observou, "todas as classes de intérpretes reformados tinham como certa a futura conversão de Israel como nação". Hoje a maioria dos intérpretes reformados não adota essa posição. Por quê? Nos estágios iniciais de sistematização de qualquer posição teológica, as questões estão em estado subdesenvolvido e menos claras do que mais tarde, quando a coerência de várias posições é debatida e determinada. Assim, é natural que a compreensão madura de qualquer questão teológica leve à polarização de pontos de vista como resultado da interação e do debate entre as diferentes posições. A posição reformada antiga à qual se refere Schlissel incluía uma mistura de algumas passagens do Antigo Testamento que eram interpretadas literalmente (i.e., as que ensinavam uma conversão futura de Israel como nação) e de algumas que não eram assim interpretadas (i.e., detalhes quanto ao papel dominante de Israel no futuro da História). Por um lado, à medida que o tempo passava, os que enfatizavam uma compreensão literal de Israel a partir do Antigo Testamento se tornaram muito mais coerentes na aplicação dessa abordagem a todas as passagens ligadas ao destino de Israel. Por outro lado, os que pensavam que o literalismo tinha sido levado longe demais recuaram, abandonando qualquer grau de literalidade que empregavam antes e passando a argumentar que as promessas para Israel se cumpririam na Igreja e, portanto, não havia necessidade de um futuro nacional para Israel. Além disso, a interpretação não-literal era vista como a ferramenta com a qual os liberais negavam os pontos essenciais da fé. Dessa forma, quando chegou a Segunda Guerra Mundial, o dispensacionalismo chegara potencialmente a dominar entre os evangélicos que viam a interpretação literal da Bíblia como um apoio fundamental à ortodoxia.
Depois da Segunda Guerra Mundial, muitas das batalhas entre o fundamentalismo e o liberalismo começaram a desaparecer. Tal ambiente permitiu que a interpretação não-literal fosse menos marcada nos círculos conservadores. Assim, por volta da década de 70, sem aprender as lições da História, começamos a testemunhar o ressurgimento de muitas posições proféticas que retomavam a mistura de interpretação literal e espiritual. À medida que o pós-milenismo conservador ressurgia de sua quase extinção em anos recentes, não retornou à hermenêutica mista de um século antes – como Schlissel gostaria. Em lugar disso, adotaram o preterismo, na esperança de combater a lógica do futurismo dispensacionalista. Os irmãos reformados de Schlisell não parecem se preocupar com o fato de que, com o preterismo, eles reviveram um tipo de escatologia que inclui uma das formas mais extremas de teologia de substituição. E não parecem convencidos ou preocupados com o fato de que a teologia da substituição tem uma história de produzir um anti-semitismo teológico quando combinada com as condições sócio-políticas corretas. Na verdade, o próprio Schlissel pregou uma mensagem, há alguns anos, na qual ele identificou James Jordan, um preterista reformado, como um teólogo que propõe uma visão anti-semita da profecia bíblica.[12]
Conclusão
O que um indivíduo acredita quanto ao futuro de Israel é da maior importância para sua compreensão da Bíblia. Eu acredito, sem sombra de dúvida, que as promessas do Antigo Testamento feitas à nação de Israel serão literalmente cumpridas no futuro. Isso significa que a Bíblia ensina que Deus levará os judeus de volta à sua terra antes que a Tribulação comece (Is 11.11–12.6; Ez 20.33-44; 22.17-22; Sf 2.1-3). Isso já foi realizado e o palco está preparado como resultado da existência atual do Estado de Israel. A Bíblia também indica que antes de entrar em seu tempo de bênção nacional, Israel precisa primeiro passar pelo fogo da Tribulação (Dt 4.30; Jr 30.5-9; Dn 12.1; Sf 1.14-18). Embora os horrores do Holocausto provocado por Hitler tenham sido de magnitude inimaginável, a Bíblia ensina que um tempo de provação ainda maior espera Israel durante a Tribulação. O anti-semitismo atingirá novas alturas, dessa vez em âmbito mundial, de modo que dois terços da nação judaica em todo o mundo serão mortos (Zc 13.7-9; Ap 12). Em todo esse período, Deus protegerá o Seu remanescente de modo que antes da Segunda Vinda de Jesus "todo o Israel será salvo" (Rm 11.26). Na verdade, a Segunda Vinda incluirá o propósito divino de libertar Israel fisicamente da perseguição mundial durante Armagedom (Dn 12.1; Zc 12-14; Mt 24.29-31; Ap 19.11-21).
Se Israel "já era" como nação histórica, tudo isso, obviamente, está errado. Todavia, a Bíblia afirma que Israel tem um futuro e que os eventos mundiais girarão em torno daquele pequeno país no centro da terra. O foco da atenção mundial já está sobre Israel. Deus preservou o Seu povo por alguma razão, e ela não é má. A despeito da História estar progredindo ao longo das linhas do padrão preordenado de Deus para Israel, vemos o ressurgimento da teologia da substituição em círculos conservadores, o que, sem dúvida, será usado no futuro para alimentar o fogo do anti-semitismo, como aconteceu no passado. A sua opinião sobre o futuro de Israel como nação não é apenas um exercício teórico. Eu peço encarecidamente a todos que forem influenciados por este artigo que se comprometam com a Palavra de Deus em seu sentido literal, para que não sejamos achados lutando contra Deus e Seu plano soberano. (Pre-Trib Perspectives, traduzido por Carlos Osvaldo Pinto)
  sampaio...

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