SOMOS PREGADORES DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO...


widgets
SOMOS PREGADORES DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO...
ASSEMBLEIA DE DEUS FLUMINENSE RJ EM CEL FABRICIANO MG IGREJA VIVA DO DEUS VIVO...
"E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, quais vos apascentarão com ciência e
com inteligência."
- Jeremias 3:15
(ACF).



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A nova maçonaria

A nova maçonaria



por Johnny Bernardo



É fato: a maçonaria passa por um processo de intensa crise no Brasil. Fundado em setembro de 1822, o Grande Oriente do Brasil (GOB), se diz “a única potência brasileira a deter o reconhecimento primordial, secular e definitivo da Loja-Mãe da Inglaterra e inscrito entre as quatro maiores potências maçônicas do mundo”. A informação, concedida pelo secretário geral de gabinete, Antonio Gaviolli, revela parte da crise pela qual atravessa a maçonaria. O GOB, que teve participação nos principais processos que marcaram o Brasil monárquico e republicano, atualmente se vê impotente diante dos acontecimentos nacionais, como os protestos populares, das ruas e a crise política. 


Cismas. De única instituição representativa, a partir de 1927 o GOB passou a dividir o cenário nacional com o primeiro cisma conhecido, a Grande Loja Brasileira e, a partir de 1973, com a Confederação Maçônica do Brasil. Atualmente há várias lojas e confederações. 


Números. A evasão de membros, de lojas do GOB, e a grande diversidade de lojas maçônicas por todo o País levou à estagnação numérica. Segundo a List of Lodges (2011), há 211.000 maçons no Brasil, dos quais 75.987 fazem parte do GOB e 106.112 possuem ligação com as grandes lojas confederadas à Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – os demais 28.942 membros fazem parte das 17 Grandes Lojas Orientes Independentes.

Polêmicas. A recente história da maçonaria é marcada por algumas polêmicas, como o registro de 21 livros “secretos” da Ordem na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, pelo então grão-mestre Marcos José da Silva – fato que levou a revista ISTOÉ a publicar a matéria Impeachment na maçonaria (2010). Outra polêmica é a aceitação de mulheres em obediências mistas.

Estratégias. Para melhorar os índices de crescimento algumas lojas estão investindo em meios de comunicação, como programas televisivos - veiculados em canais abertos –, desenvolvimento de sistemas internos de comunicação, com rádio e TV, e sites onde é possível acessar vídeos de entrevistas, reuniões públicas e até mesmo verificar endereços de lojas. Outra inovação é a veiculação de manuais de abertura de lojas, como a da Ordem Maçônica Mista Internacional “Le Droit Humain”, que estabelece onze pontos a serem observados. As novas estratégias surpreendem porque a maçonaria sempre foi conhecida como uma organização secreta ou discreta. 

Filiação. Ainda como parte da estratégia de crescimento, hoje é possível se tornar membro da maçonaria com um simples preenchimento de cadastro online. Confirmado o cadastro, algumas horas ou dias depois um representante entra em contato com o postulante para agendar uma entrevista em uma das lojas-sede mais próximas, onde é dado prosseguimento ao ingresso na Ordem Maçônica. Também há uma taxa a ser paga, cujo valor varia de loja para loja. O GOB é um dos poucos representantes que seguem o modelo primitivo – que é a filiação por indicação.

A crise pela a qual a maçonaria atravessa possui outros fatores, como as diversas críticas e polêmicas externas da qual é alvo, a suspeita de alguns setores, e o aspecto ultrapassado da organização – elementos estes considerados como barreiras a serem derrubadas, via modernização da Ordem, necessária ao crescimento, dizem seus representantes.




Johnny Bernardo é jornalista, pesquisador da 
religiosidade brasileira e colaborador do Genizah 

Nenhum comentário: